Feito de madeira da árvore Anjili (uma parente da jaca), os chundan valloms, ou barcos-cobra de Kerala, têm um comprimento entre 24 a 36m, com a popa levantada e desenhada de forma a lembrar a cabeça de uma cobra. Estas maravilhas gigantes de águas estagnadas podem acomodar até 100 remadores.

Kerala tem tido uma variedade de barcos étnicos, que serviram para vários fins de transporte. Destes, os maiores são os chundan valloms. As corridas de barco da Kerala moderna têm lendas associadas. Quando a aristocracia prevalecia no estado, os governantes de vários reinos eram acompanhados nas suas viagens por bastantes barcos – cada um tinha uma finalidade específica tal como transportar comida, roupa e recipientes, empregados, mulheres, armas, etc. Estas comitivas reais, procissões coloridas, era um espetáculo excitante para as pessoas. Assim que a realeza saiu de cena, estas procissões tornaram-se uma tradição ritualística a ser mantida. As corridas de barco modernas tornaram-se as únicas ocasiões em que a maior parte dos barcos são usados.

O primeiro chundan vallom data do século IX e acomodava até 200 homens a bordo. Os primeiros europeus a visitar Kerala chamavam-no de “Barco-cobra,” devido ao seu comprimento, que fazia lembrar os “Barcos-cobra” da Noruega.

Hoje em dia, miniaturas de chundan vallon têm um nicho para si em cada lar, tal como em lojas de antiguidades e de artesanato espalhadas pelo Estado. Centenas de aldeões produzem estes modelos, que têm grande procura no mundo inteiro.

As miniaturas chundam são vistas com variadas decorações – acessórios de sândalo ou marfim, botões de cobre, etc., e são muitas vezes modificados para servirem de porta-velas, porta-canetas, chaveiros, etc. Os preços variam entre menos de cem rúpias a algumas centenas de rúpias, dependendo do tamanho, tipo de madeira e acessórios utilizados. Estes encontram-se disponíveis a preços acessíveis em lojas de fantasia, ou a preços de tabela em lojas governamentais espalhadas pelo Estado.